sexta-feira, 11 de março de 2011

Começa a tramitar no STF pedido de inquérito para investigar deputada

Começou a tramitar nesta quinta (10) no Supremo Tribunal Federal pedido de inquérito com a finalidade de investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). O pedido foi formulado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
[A primeira versão desta reportagem informava que o Supremo havia aberto inquérito para investigar a deputada. Segundo a assessoria do STF, embora já apareça como tal no site do tribunal (com o número 3113), o inquérito só poderá ser considerado oficialmente aberto depois que o relator designado, o ministro Joaquim Barbosa, examinar o caso.]
A deputada aparece ao lado do marido, Manoel Neto, em um vídeo no qual o casal recebe um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.
A assessoria da família Roriz informou ao G1 que a deputada não vai se manifestar sobre o pedido de inquérito porque não sabe qual é a acusação que pesa contra ela.
Por ser deputada federal, Jaqueline Roriz tem foro privilegiado. Por isso, precisa de autorização do Supremo para ser investigada.
No pedido de inquérito, Gurgel já faz duas solicitações ao ministro Joaquim Barbosa. Segundo a assessoria da PGR, o procurador-geral da República pediu autorização para que a Polícia Federal realize a perícia no vídeo e tome o depoimento de Jaqueline. Barbosa ainda não se pronunciou sobre os pedidos de Gurgel.
O registro do inquérito no site do Supremo traz apenas as iniciais da deputada. Desde o ano passado, o Supremo omite o nome completo para preservar os investigados. O ministro Joaquim Barbosa vai analisar as evidências reunidas no caso para só então elaborar seu parecer.

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